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Notas de última hora sobre o Dia Internacional da Mulher

  • Foto do escritor: Aline Brettas
    Aline Brettas
  • 8 de mar.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 10 de mar.

08 de março de 2025


Livraria Bertrand em Lisboa, Portugal. Acervo pessoal.
Livraria Bertrand em Lisboa, Portugal. Acervo pessoal.


Hoje, no Dia Internacional da Mulher, retornei a escrever, depois de tanto tempo. Na verdade, essa ideia da retomada não tem, a princípio, relação com a data. Na real, não tenho a mínima ideia sobre o que vou tratar aqui.


Para não deixar o dia passar batido, posso falar que estou exercendo a minha criatividade, por que não dizer, artística. Criatividade, palavra feminina, que foi podada das mulheres por muito e muito tempo. Claro, sempre houve aquelas que conseguiram se expressar, de um modo ou de outro.


Na Literatura mesmo, nos deparamos com algumas delas, tais como:


  • Enheduanna, que viveu por volta de de 2285 a.C. Considerada uma das primeiras escritoras da história, foi uma sacerdotisa suméria que escreveu hinos religiosos na Mesopotâmia;

  • Hildegard von Bingen (1098 - 1179). Monja beneditina, escritora e filósofa, abordava teologia, medicina e ciência;

  • Cristina de Pisano (1364 - 1430). Considerada a primeira escritora profissional da Europa, foi uma poetisa e autora que defendeu os direitos das mulheres em obras como “A Cidade das Damas”;

  • Maria Firmina dos Reis (1822 - 1917). Primeira romancista brasileira (e negra), publicou o romance abolicionista “Úrsula”.


Figura criada por DALL-3/OpenAI.


Alguém ouviu falar delas? De todas elas? Da maioria? Eu, só de uma. Claro que se pesquisarmos mais profundamente, encontraremos outras escritoras notáveis. Eu só dei uma busca rápida, por nomes de séculos passados. Mas é fato que elas permanecem em uma zona desconhecida. Eu precisei recorrer à inteligência artificial para localizá-las. Aliás, “inteligência” é outra palavra feminina. Ah, mas a IA foi uma criação masculina, será? Segue mais uma lista:

  • Elaine Rich: contribuiu para o desenvolvimento do processamento de linguagem natural e sistemas especialistas, ajudando a estabelecer as bases da pesquisa em IA;

  • Barbara Grosz: avançou o desenvolvimento de linguagem natural e sistemas multiagentes, estabelecendo fundamentos importantes para a IA;

  • Fei-Fei Li: realizou pesquisas cruciais em visão computacional e aprendizado de máquina, melhorando significativamente o reconhecimento de imagens em sistemas de IA;

  • Margaret Mitchell: lidera esforços para garantir que modelos de aprendizado de máquina sejam desenvolvidos e implantados de maneira ética e justa.


Figura criada por DALL-3/OpenAI.


A propósito, “ética” e “justiça” são outras palavras precedidas pelo artigo “a”!


A menção a palavras femininas é uma brincadeira. Existem várias outras, masculinas, que possuem significados de valor: “desenvolvimento”, “reconhecimento”, “sucesso”. Atributos historicamente tolhidos das mulheres, mas, felizmente, elas foram galgando seu espaço e abrindo caminhos para as outras. Muito a percorrer ainda, mas muito mais a celebrar!


E não é que escrevi um tantinho de coisa? E o melhor, aprendi um pouco mais! Espero que os leitores, e as leitoras, também.


 
 
 

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